segunda-feira, 13 de novembro de 2023

A existência do mal - Uma reflexão de Antônio Carlos Costa



 Antônio Carlos Costa

Postei hoje cedo essa citação de Amós Oz: “As ciências sociais tendem a atribuir a agressão ao sofrimento na infância, ou à crueldade da sociedade, ou ao colonialismo. Não existem atos malévolos, só crimes induzidos pelo trauma. Não existem pessoas más, só vítimas que se tornaram perpetradores.


Assim, sociólogos e psicólogos não reconhecem de todo a existência do mal. Mas eles estão errados: o mal existe”. Subscrevo o que disse o escritor e ativista político israelense. Minha teologia, os livros de história geral, meu trabalho no Rio underground, convencem-me desse fato. Na base de toda ideologia, há uma antropologia. Um conceito sobre o ser humano. Há os que partem da pressuposição de que somos essencialmente bons. O meio nos corrompe. Mas, quem cria o meio? Em tempos de guerra, torna-se evidente o que não conseguimos enxergar nos efêmeros e imperfeitos tempos de paz: há algo profundamente equivocado na espécie humana. O diagnóstico do apóstolo Paulo é irretocável: “Não há justo, nem um sequer, não há quem entenda, não há quem busque a Deus. Todos se desviaram e juntamente se tornaram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer. A garganta deles é sepulcro aberto; com a língua enganam, veneno de víbora está nos seus lábios. A boca, eles a têm cheia de maldição e amargura; os seus pés são velozes para derramar sangue. Nos seus caminhos, há destruição e miséria; eles não conhecem o caminho da paz. Não há temor de Deus diante de seus olhos.”
Por isso, Cristo insiste em dizer que precisamos de redenção.

Via Twitter.

Nenhum comentário:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...