Antônio Carlos Costa
Postei hoje cedo essa citação de Amós Oz: “As ciências sociais tendem a atribuir a agressão ao sofrimento na infância, ou à crueldade da sociedade, ou ao colonialismo. Não existem atos malévolos, só crimes induzidos pelo trauma. Não existem pessoas más, só vítimas que se tornaram perpetradores.
Assim, sociólogos e psicólogos não reconhecem de todo a existência do mal. Mas eles estão errados: o mal existe”.
Subscrevo o que disse o escritor e ativista político israelense. Minha teologia, os livros de história geral, meu trabalho no Rio underground, convencem-me desse fato.
Na base de toda ideologia, há uma antropologia. Um conceito sobre o ser humano. Há os que partem da pressuposição de que somos essencialmente bons. O meio nos corrompe. Mas, quem cria o meio?
Em tempos de guerra, torna-se evidente o que não conseguimos enxergar nos efêmeros e imperfeitos tempos de paz: há algo profundamente equivocado na espécie humana.
O diagnóstico do apóstolo Paulo é irretocável:
“Não há justo, nem um sequer,
não há quem entenda,
não há quem busque a Deus.
Todos se desviaram
e juntamente se tornaram inúteis;
não há quem faça o bem,
não há nem um sequer.
A garganta deles
é sepulcro aberto;
com a língua enganam,
veneno de víbora
está nos seus lábios.
A boca, eles a têm cheia
de maldição e amargura;
os seus pés são velozes
para derramar sangue.
Nos seus caminhos,
há destruição e miséria;
eles não conhecem
o caminho da paz.
Não há temor de Deus
diante de seus olhos.”
Por isso, Cristo insiste em dizer que precisamos de redenção.
Nenhum comentário:
Postar um comentário