Marion Preminger (1903
– 1972) é um exemplo vivo do que disse Jesus sobre perder e ganhar a vida. Ela
nasceu em 1913 na Hungria e cresceu em um castelo com sua família
aristocrática, cercada por empregados, tutores, governanta e motoristas. Sua
avó, que morava com eles, insistia que quando viajassem eles levassem seus
próprios lençóis, porque ela achava que era rebaixar-se o dormir entre lençóis
de pessoas comuns.
Enquanto estudava na
escola em Viena, Marion conheceu um jovem médico muito bonito. Eles se
apaixonaram, fugiram e se casaram quando ela tinha apenas dezoito anos. O
casamento durou apenas um ano. Ela voltou para Viena e começou sua vida como
atriz.
Ao ensaiar uma peça,
ele conheceu o brilhante diretor de orquestra alemão Otto Preminger. Eles se
apaixonaram e se casaram. Logo depois eles se mudaram para os Estados Unidos,
onde ele começou sua carreira como diretor de cinema. Lamentável e tragicamente
Hollywood é um lugar de dramáticos exemplos de pessoas que se mordem e devoram
umas às outras. Marion estava deslumbrada com o brilho, as luzes e a emoção
superficial da vida de Hollywood e começou a viver o tipo de vida próprio do
lugar. Quando Preminger descobriu, ele divorciou-se dela.
Marion voltou à
Europa para morar em Paris. Em 1948, ela soube pela imprensa que Albert
Schweitzer, o homem de quem ela tinha ouvido falar quando era criança, estava
fazendo uma de suas visitas periódicas à Europa e estava em Gunsbach. Ela ligou
para a secretária de Schweitzer solicitando uma consulta, que foi concedida para
o dia seguinte. Quando Marion chegou a Gunsbach, descobriu o missionário
tocando o órgão no templo do lugar. Ela ouviu a música e o ajudou virando as
páginas da partitura para ele. Ele a convidou mais tarde para comer juntos em
sua casa; no final do dia ela sabia que tinha encontrado o que procurara por
toda a sua vida. Marian acompanhou Schweitzer durante todo o resto de sua
estadia na Europa e quando ele voltou para a África ele a convidou para ir a
Lambarene e trabalhar no hospital.
Ela fez isso, e se
encontrou. Lá em Lambarene, a jovem que nasceu em um castelo e cresceu como uma
princesa, acostumada a viver com todos os tipos de luxos e como uma mulher
caprichosa, se tornou uma servente. Dedicou-se a trocar ataduras, dar banho nas
crianças e alimentar leprosos ... e se libertou. Marion escreveu sua
autobiografia e intituladou All I Euer
Wanted Was Everything (Tudo que eu sempre quis foi tudo). Ela não conseguiu
o "tudo" que lhe daria satisfação e significado até que ela desse tudo. Quando ela morreu em 1979, o jornal New York Times inseriu a notícia em sua coluna
obituária, que incluía uma frase de Marion: "Albert Schweitzer disse que
existem apenas dois tipos de pessoas neste mundo: aquelas que ajudam e aquelas
que não ajudam. Eu sou alguém que tentou ajudar".
José Luis Matínez: 503 Ilustraciones Escogidas (tradução de Cidadania Evangélica)
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