Poucas vezes os crentes têm sido tão pouco bíblicos e até anti-bíblicos como quando o assunto é a chamada missão integral – a começar pelo nome… “missão integral”. E tem outra? Não! Porque se não for integral não é missão.
O grande problema continua sendo a má aplicação do conceito discutido em Lausanne. A exortação bíblica para que a proclamação da fé fosse seguida por obras foi contaminada pela utopia socialista, caminhou paralela à teologia da libertação e se confundiu.
O castigo para essa promiscuidade foi que a missão integral ficou restrita à conveniência de ONGs e ao discurso teológico-elitista, na mesma dialética atribuída ao Joãozinho – “Pobre gosta de luxo! Quem gosta de pobreza é intelectual”.
O vão esforço de criar uma missão mais piedosa do que a determinada por Jesus (é incrível como tem crente que se acha mais santo do que o Senhor), se esvai em jogos semânticos como “os evangelistas querem ganhar almas, os
Pão ou pregação: o que vem primeiro? Os <integrais?> acham que no princípio é o pão, e como não há pão que chegue (“Porquanto sempre tendes convosco os pobres…” Mt 26:11.) pregação também não tem. Mas pão de centeio não salva! Pão sovado não transforma! Pão integral não santifica! O pão da vida é Jesus! Se pão transformasse, então o preso, que come de graça, seria liberto. Se continua preso é porque não come da Graça. É a Palavra que transforma: o ignorante ganha discernimento, o preguiçoso recebe disciplina, o fraco é fortalecido, o enganador se torna verdadeiro e a sociedade é transformada a partir da transformação que acontece na vida de cada um.
Qualquer um pode dar o pão que perece. Nós daremos o pão que permanece. A proclamação do Evangelho é a missão integral, primeira, plena e permanente. Quem ouvir a Palavra e for transformado por ela não pregará sem socorrer. O socorro não é o elemento de transformação social, mas o seu reflexo. Por isso preguem primeiro e sempre, “porque (o Evangelho) é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê…” Rm 1:16
Fonte: http://www.evangelizabrasil.com
2 comentários:
Paz Sammis,
É uma verdade (e uma pena) que a missão tenha sido tão dicotomizada. Não existe missão que não seja integral, e os pressupostos dessa missão integral não foram criados em Lausanne, mas fundamentados no evangelho.
Se por um lado dar comida e não dar "Palavra" é como engordar um peru pra degolar no natal, ser omissos da nossa responsabilidade social não vai nos ajudar. Nossa luz deve resplandecer no mundo, e isso através das nossas obras.
Gostei do texto. Achei de uma coragem muito grande (e admiro a coragem - sempre!), mas estou do lado dos "integrais", rs... Se é que existe essa facção, né?
Abraço, e parabéns pelo ótimo trabalho que vc faz na blogosfera.
Leonardo.
Obrigado irmão Leonardo, realemnte é uma questão polêmica, e, embora apóie também, claro, a chamada missão integral, publico tal texto para que não se perca o foco (e quantos realmente o perdem, absorvidos em questões menores, feitas principais).
Salvação das almas e ajuda a todos, eis a missão!
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