domingo, 21 de outubro de 2012

A INFLUÊNCIA DA IGREJA NA POLÍTICA BRASILEIRA




“Certamente o Senhor Deus não fará cousa alguma, sem primeiro revelar o seu segredo aos seus servos, os profetas.’’ Amós 2.7

     Creio que o mundo globalizado caminha em sintonia com o calendário profético das Escrituras Sagradas, inclusive no Brasil. Aliás, não poderia ser diferente, pois o próprio Senhor Jesus afirmou que:  “passará o céu e terra, porém as minhas palavras não passarão”(Mt 24.35). O Mestre alertando os discípulos a cerca de alguns acontecimentos do cenário mundial que antecederiam o arrebatamento da Igreja e a sua segunda vinda, disse assim: “Quando, porém, ouvirdes falar de guerras e rumores de guerras, não vos assusteis; é necessário assim acontecer, mas ainda não é o fim. Porque se levantará nação contra nação, e reino, contra reino. Haverá terremotos em vários lugares e também fomes. Estas coisas são o princípio das dores.Estai vós de sobreaviso, porque vos entregarão aos tribunais e às sinagogas; sereis açoitados, e vos farão comparecer à presença de governadores e reis, por minha causa, para lhes servir de testemunho. Mas é necessário que primeiro o evangelho seja pregado a todas as nações......Sereis odiados de todos por causa do meu nome; aquele, porém, que perseverar até ao fim, esse será salvo.” Mc 13.7-9,13
        É importante ressaltar que vivemos atualmente num cenário político de plena transformação em nosso país. O debate moral e religioso estiveram em evidência na agenda da disputa eleitoral para a Presidência da República em 2010. Percebe-se nitidamente a contagiante influência que as igrejas exercem sobre o voto em solo brasileiro. Aliás, estima-se que o colégio eleitoral evangélico atual seja de mais de 40 milhões de votos,  sendo, portanto,  capaz de decidir uma eleição presidencial no país. Apesar do  Estado ser laico, a religião está profundamente envolvida na política brasileira desde que o descobrimento foi celebrado com um missa em 26 de abril de 1500 pelo frade Henrique de Coimbra. Dessa forma, os políticos tem disputado articuladamente  o voto religioso ao longo das eleições, bem como os líderes religiosos buscam com a mesma intensidade o poder e influência política, seja através de apoios partidários ou participação direta no partido.
        Tivemos um aumento de quase 50% da bancada evangélica no Congresso Nacional nas eleições em 2010. Um levantamento feito pelo departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar(Diap) registrou a reeleição de 32 dos 45 parlamentares da bancada e a eleição de mais 34 representantes de igrejas evangélicas. A bancada evangélica conta agora com 63 deputados e 3 senadores.  Creio que ainda é muito pouco diante da proporcionalidade populacional evangélica em nosso país. Certamente, deveríamos ter bem mais representantes cristãos no Congresso Nacional, pois embora o Estado seja laico, os valores e princípios cristãos precisam ser preservados e defendidos nesse momento crítico em que se encontra o país. Essa realidade se aplica também nas Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais. Por isso, creio que precisamos de líderes cristãos idôneos, qualificados e preparados para estarem lá. Precisamos enxergar a democracia nas urnas como uma benção para a nossa nação, pois através dela podemos preservar princípios de conduta moral em nossa sociedade que atrairão as bençãos de Deus sobre o Brasil, e não a Sua maldição e juízo. Pense nisso.   
        Talvez possa arriscar dizer que nunca na história de nosso país, a moral, os valores e os princípios, pilares eternos de uma sociedade, foram tão hostilizados. É lamentável dizer que grande parte do povo chamado “cristão” nesse país continue alienado, desinformado e até desinteressado sobre essas sérias questões que antevemos sobre o país. Durante muitas décadas o povo de Deus nesse país foi conhecido por sua passividade e demonização  da  política nacional. Hoje, o cenário é bem diferente. O cristão pode até, por opção pessoal, optar por uma postura apolítica, mas nunca antipolítica. Sabe por que? Porque ele(a) além de ser cidadão do reino de Deus é também cidadão brasileiro e, dessa forma,  tem direitos e deveres nesse país.  A Igreja não pode se omitir, nem se calar. Meu amigo(a), o que você tem feito?  Pense nisso.    
      Definitivamente, todo o Povo de Deus em nosso país precisa agir, reagir e resistir contra toda a iniquidade. Meus irmãos, não é hora de alimentarmos divisões, disputas ou competições denominacionais carnais, que são uma verdadeira vergonha no Corpo de Cristo. Chega de tanta vaidade! Chega de tanta mediocridade!  Ao contrário, é hora de toda Igreja de Cristo soar a trombeta, orar pelo Brasil, pregar o Evangelho ao imenso povo da nossa nação e como Povo de Deus unido declarar como voz profética : “Feliz é a nação! Cujo Deus é o Senhor”        Sl 33.12. Aleluia!  Ele espera por você!      “Em Deus faremos proezas...”    

No amor de Cristo,   Pastor Mauricio Price


Missionário e médico. Ministro do Evangelho filiado a Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB). Presidente do Diretório Estadual no Rio de Janeiro e Conselheiro Nacional da Sociedade Bíblica do Brasil(SBB). Membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil(AELB). Evangelista, radialista e escritor. 



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