quarta-feira, 27 de julho de 2011

"CORRUPSÃO"



Com tantas mudanças e atualizações acontecendo em nossa ortografia, seria conveniente que, a palavra corrupção passa-se a ser escrita como corrupsão, devido a pluralidade de formas em que a corrupção se apresenta no Brasil.
                         Conforme conteúdo do programa Argumento, exibido em 21/05/2011 na TV Senado – www.senado.gov.br/tv, foi constatado que, segundo estudo efetuado pela Federação de Industria do Estado de São Paulo, estima-se que a corrupção custa ao país cerca de 70 bilhões por ano.
                       Com isso, o Senado começa a discutir um projeto de autoria do Senador Pedro Taques PDT/MT, para transformar os crimes de corrupção em crimes hediondos, onde aumentaria a pena de corrupção de no mínimo dois anos.
                       A argumentação do senador é que no crime de corrupção todos nós somos vítimas, pois, por causa da corrupção faltam leitos nos hospitais, não se constroem escolas e as estradas ficam em péssimo estado de conservação.
                         O Brasil é um dos maiores recordistas em corrupção, mas ao contrário de outros países, o Brasil também possui um alto índice de impunidade.
                       Segundo informou o autor do projeto, o STF – Supremo Tribunal Federal, em 22 ( vinte e dois ) anos , só condenou 2 parlamentares federais pela prática de corrupção, ressaltando ainda que, conforme o Princípio Constitucional da Isonomia, todos são iguais perante a lei. Ninguém está, ou deveria estar acima da lei.
     
                       Convém registrar outras afirmativas do senador:
                      “ Existem bons projetos sobre corrupção que há mais de 10 anos não são votados”.
                       “ A corrupção é um crime de mão-dupla: no passivo pelo enriquecimento e no ativo pelo suborno”.
                       “ O Brasil não pode ter um direito penal de categorias sociais, ele ( o direito penal) tem que sair da senzala e também atingir a casa grande “.
                       No entanto, convém analisar o posicionamento do Poder Judiciário sobre a corrupção, conforme declarou a atual Corregedora Nacional de Justiça, Ministra Eliana Calmon ( 32 anos de magistratura), no programa Cidadania, exibido no dia 07/05/2011 na TV Senado –www.senado.gov.br/tv , onde expos as seguintes afirmativas:
                        “ Quando CNJ – Conselho Nacional de Justiça foi criado encontrou o Poder Judiciário absolutamente esfacelado, sob o ponto de vista da Administração”.
                        Há pouco mais de 07 meses na corregedoria, a ministra informou que já detectou vários e sérios problemas de corrupção no judiciário e citou alguns exemplos:
                       “ Os tribunais tem direito de receber um duodécimo, que é um valor que o Estado deve repassar aos tribunais, mas alguns tribunais, para estar bem com o governador numa questão política, recebiam repasses de menos e não reclamavam, tornando-se uma condescendência política dos presidentes dos tribunais”.
                        Ressaltou ainda a magistrada que “ A corrupção nasce das decisões judiciais “ e ainda que “Hoje, dificilmente dirigentes dos outros poderes cometem improbidades sem o aval do poder judiciário, pois eles chamam o judiciário para fazer parcerias e que dificilmente se encontra o poder judiciário sozinho cometendo a corrupção”.
     
       
                           Segundo a corregedora nacional, já foram detectados casos de venda de sentenças, venda de decisões e ainda captação de clientela para escritórios de advocacia de filhos e amigos, ou seja, escritórios de advocacia eram alocados a determinado magistrado e quando tal escritório  ingressava com uma ação, havia a troca para que fosse concedida a liminar, tudo isso, pela porta de corrupção do judiciário que é através da distribuição de processos.
                            Citou ainda a modalidade de corrupção através de obras realizadas, e que ao chegar num tribunal muito pequeno, encontrou 72 obras em andamento.
                            Em sessão de plenário, o Senador Álvaro Dias PSDB/PR, ressaltou que:
                            “A corrupção na Administração Pública começa nas doações milionárias durante a campanha, que exigem contra-partida que muitas vezes , obras são realizadas sem necessidades, outras são realizadas com superfaturamento, exatamente para que a retribuição ocorra”
                            Face ao exposto, podemos concluir que além do  Poder Judiciário, Legislativo e Executivo, temos também o Poder Corruptivo, onde o que predomina não é a lei, mas o “ burlei “.  
                            Essas notícias só oficializam o que já vivenciamos, pois o que percebemos é que na atual sociedade, os fundamentos do respeito, da honestidade, da lisura  e da verdade sofreram profundas infiltrações da impunidade, da corrupção, da omissão dolosa e da ganância, proporcionando com que, a população brasileira conviva sufocada pela excessiva umidade da injustiça.
                            Ora, destruídos os fundamentos, que poderá fazer o justo?         (Salmos  11:3)
                             Considerando que “A lei do Senhor é perfeita e restaura a alma (Salmos 19:7) e que “Para vós outros que temeis o meu nome, nascerá o sol da justiça, trazendo salvação nas suas asas” ( Malaquias 4:2).
                             Podemos concluir que:
                            “ O justo viverá pela sua fé” ( Habacuque 2:4)   

                            Um forte abraço,

                            Habacuque de Araujo Rodrigues



Fonte: http://prazerdapalavra.com.br

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