sábado, 4 de setembro de 2010

De onde vem o Espiritismo?

 Nosso Lar filme espírita estréia
A crença de que os espíritos das pessoas que já morreram se comunicam com quem está vivo é a doutrina número um do espiritismo. O que hoje se chama espiritismo era conhecido na antiguidade como necromancia (palavra de origem grega, composta dos vocábulos necros = morte, e mancia, evocação, busca de contato). Os que se entregavam a essa prática procuravam, por diversos meios, entrar em contato com os espíritos das pessoas falecidas, movidos pela curiosidade e pelo desejo de conversar com elas, ou obter informações sobre acontecimentos futuros. No capítulo 28 do 1º livro de Samuel, a Bíblia relata um caso de necromancia envolvendo o rei Saul e a pitonisa (médium, necromante) de Endor.

Desde a mais remota antiguidade, as pessoas vêm praticado a “magia branca” e a “magia negra”. Quando alguém procurava entrar em contato com os espíritos dos mortos na intenção de ser beneficiado pelo trabalho ou influência deles, tinha-se a “magia branca”. Quando esse contato era procurado com o propósito de levar os espíritos a praticarem alguma maldade contra alguém, estava-se diante da “magia negra”. Essas duas formas de magia são hoje conhecidas no Brasil como umbanda e quimbanda.

AS PRÁTICAS ESPÍRITAS DA ANTIGUIDADE

O interesse em manter contato com o espírito dos mortos fazia parte das práticas religiosas dos egípcios, caldeus, assírios, hindus, chineses, gregos, romanos, e dos primeiros habitantes da Palestina. No antigo Egito, a pátria dos faraós, o país que deu ao mundo, como sombria herança, o Livro dos Mortos, e onde nasceu o famoso ocultista Hermes Trimegisto, toda a sua literatura, pintura, arquitetura e religião estavam profundamente influenciadas pelas crenças espíritas.

Os pesquisadores Derek e Júlia Parker, autores da obra O Grande Livro da Astrologia, informam na página 181 desse livro, que Ramsés (ou Ramessés) II, o faraó que dominava o Egito na época em que Moisés libertou o povo judeu do cativeiro egípcio, era praticante da astrologia. Ele foi responsável pelo uso astrológico dos chamados quatro signos cardeais: Áries, Libra, Câncer e Capricórnio. Foi esse faraó que deu ordem para os hebreus lhe edificarem duas cidades: Pitom, e outra que teria o seu nome: Ramessés (Êxodo 1.11). Sabe-se que não só Ramessés II, mas quase todos os outros faraós acreditavam em predições astrológicas, e faziam uso de vários métodos ocultistas durante suas práticas supersticiosas.

Lá na antiga região banhada pelos rios Tigre e Eufrates, onde foram construídas as soberbas cidades de Nínive e Babilônia, os sacerdotes assírios e caldeus se entregavam às práticas espíritas, e, através da astrologia, tentavam adivinhar o futuro, observando as estrelas. Entre os sanguinários reis da Assíria, destacou-se a figura de Assurbanipal. Ele foi declarado rei na cidade de Nínive, capital da Assíria, 13 anos após a morte do violento Senaqueribe, citado na Bíblia no capítulo 18 do 2º livro dos Reis, versículo 13.

Assurbanipal ficou famoso por ter fundado em Nínive uma imensa biblioteca que reunia 25 mil livros, em forma de tabletes de argila, escritos em caracteres cuneiformes, que tratavam de, entre outros assuntos, mitologia, ciências ocultas, história e astrologia. Essa biblioteca contribuiu consideravelmente para despertar o interesse de muita gente pelo ocultismo e pelas práticas espíritas.

Na Índia da ioga e do faquirismo, a base fundamental do culto dos brâmanes (antigos sacerdotes hindus) era a prática da evocação dos mortos.

Quando a nação hebraica estava sendo formada, e durante todo o período da histÓria bíblica narrada no Antigo Testamento, os primeiros habitantes da Palestina, e os outros povos que estendiam os seus domínios pelas imensas regiões vizinhas à Terra Prometida, entregavam-se às práticas espíritas.

A China, a Pérsia e as duas mais importantes civilizações que floresceram na Antiguidade, a grega e a romana, também pagaram pesado tributo às práticas ocultistas, que foram iniciadas no Éden por Satanás, quando ele, naquela que foi a primeira sessão espírita da história, incorporou-se na serpente e usou-a como médium, com a finalidade de enganar Eva (“A serpente me enganou”, Gênesis 3.13), e arrastar para o pecado e o engano os descendentes do primeiro casal, isto é, a humanidade inteira.

Portanto, como já observou um pesquisador abalizado, o espiritismo que hoje se expande no Brasil e no mundo nada mais é do que a continuação da necromancia e do ocultismo praticados pelos povos antigos. Alguns nomes foram mudados, mas os rituais, em sua essência, continuam sendo os mesmos. A pitonisa, o mago, a sibila, o adivinho, a bruxa e o feiticeiro da Antiguidade chamam-se hoje pai-de-santo, babalaô, paranormal, médium, cavalo, aparelho, etc. A sala dos magos, os antros misteriosos, os oráculos e as cavernas onde se praticava antigamente o espiritismo, foram substituídos pelos terreiros, tendas, cabanas e centros espíritas da atualidade.

Tentar evangelizar hoje adeptos de qualquer uma das correntes espíritas existentes no Brasil é travar novos combates contra inimigos velhos. É desmascarar velhas práticas há muito condenadas por Deus. Inúmeras razões teve o Senhor ao lançar radicalmente todo o peso de sua condenação sobre as práticas espíritas:

“Quando entrares na terra que o Senhor teu Deus te der, não aprenderás a fazer conforme as abominações daquelas nações. Entre ti não se achará quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro, nem encantador de encantamentos, nem quem consulte um espírito adivinhante, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao Senhor, e por essas abominações o Senhor teu Deus as lança fora de diante dele. Perfeito serás, como o Senhor teu Deus” (Deuteronômio 18.9-13).



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Jefferson Magno Costa - http://sublimeleitura.blogspot.com

 

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