A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, afirmou, nesta sexta-feira, que o governo de Barack Obama vai tentar bloquear uma resolução aprovada por um comitê da Câmara que classifica de "genocídio" o assassinato em massa de armênios por turcos otomanos durante a Primeira Guerra Mundial.
“Nós somos contra essa decisão. Acreditamos que o Congresso dos EUA não tomará nenhuma decisão sobre esse assunto”, afirmou.
A medida foi aprovada na quinta-feira pela Comissão de Relações Exteriores da Câmara por 23 votos a 22. Na sequência, o texto deveria ir a plenário.
Logo após o anúncio da aprovação, o primeiro-ministro turco, Tayyip Erdogan, condenou a decisão que “acusa a nação turca de um crime que não cometeu”. Erdogan chamou seu embaixador em Washington para consultas.
A Turquia, um importante aliado dos Estados Unidos na Otan, já havia advertido que a aprovação da resolução poderia prejudicar as relações bilaterais.
Em 2007, a Comissão já havia aprovado uma moção semelhante que acabou sendo arquivada antes da votação na Câmara depois da pressão do governo de George W.Bush.
Obama, no entanto, havia prometido, durante a campanha para Presidência, que classificaria o suposto massacre como genocídio.
A secretária de Estado reconheceu a mudança de opinião do governo de Obama e afirmou que “as circunstâncias mudaram de maneira significativa”.
Polêmica
A decisão do comitê da Câmara americana causou polêmica porque entrou em um ponto espinhoso da história de turcos e armênios.
Comunidades armênias em várias partes do mundo lutam há décadas para que o suposto massacre de seu povo pelos turcos otomanos entre 1915 e 1922 seja reconhecido como o primeiro genocídio do século 20.
A Turquia reconhece que muitos armênios morreram, mas afirma que as mortes fazem parte do histórico de vítima da Primeira Guerra Mundial.
Em outubro do ano passado, Turquia e Armênia assinaram um acordo para normalizar as relações entre os dois países depois de um século de hostilidade.
A Armênia se tornou uma república da antiga União Soviética em 1920 e manteve relações diplomáticas com a Turquia apenas como parte da URSS.
Desde sua independência, em 1991, o país exige que a Turquia reconheça o que diz ter sido um “genocídio”.
Pelo acordo assinado em 2009, um comitê independente de historiadores seria formado para estudar as mortes.
Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese
Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese
___________________________________________
Nota do Sammis: São muitos os irmãos que conheço que defendem, com ardor maior ou menor a nossa gloriosa América, como 'nação cristã' que é. 'Atos cristãos' como os acima, e as dezenas e dezenas de outros que poderia citar aqui, de chofre, é que são duros de explicar. E olha que é bem grande a comunidade armênia nos EUA. Daí meu imenso ceticismo em relação a tão relativo cristianismo...
Quanto ao evento, é uma questão superada, pois até minha vovó Maria Anastácia sabe (e se envergonha) do vergonhoso massacre. Mas os interesses políticos são maiores, bem maiores, que a moralidade americana, que a palavra(?) do Nobel da Paz, Obama.
Mas onde estão as Ongs americanas? Amigos, irmãos, onde vocês estão? A Humanidade precisa de uma forcinha de vocês aí e agora, precisa de um pouco de barulho, um pouco de lobby.
Irmãos, vocês estão aí?
Mas onde estão as Ongs americanas? Amigos, irmãos, onde vocês estão? A Humanidade precisa de uma forcinha de vocês aí e agora, precisa de um pouco de barulho, um pouco de lobby.
Irmãos, vocês estão aí?
Nenhum comentário:
Postar um comentário