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ÁLCOOL, DROGAS E OS ‘PRAZERES DA VIDA’
Conforme estimativas da
Central Alemã de Combate às Dependências, existem 9,3 milhões de dependentes do
álcool na Alemanha. Outras cinco a seis milhões de pessoas sofrem com o vício
de algum membro de sua família. Os custos das terapias para alcoólatras chegam
a 1,7 bilhões de marcos por ano (Idea Spektrum 5/2000).
A
Bíblia fala de Noé, que plantou a primeira vinha: "Bebendo do vinho, embriagou-se e se pôs nu dentro de sua
tenda" (Gn 9.21). Uma das duas filhas de Ló, que haviam sido
salvas de Sodoma e Gomorra juntamente com seu pai, sugeriu à irmã: "Vem, façamo-lo beber vinho,
deitemo-nos com ele e conservemos a descendência de nosso pai" (Gn 19.32). Provavelmente
o consumo excessivo de álcool também foi o que levou os filhos de Arão a
oferecer fogo estranho ao Senhor, o que causou sua morte. A Bíblia diz sobre
esse acontecimento: "Nadabe e
Abiú, filhos de Arão, tomaram cada um o seu incensário, e puseram neles fogo, e
sobre este, incenso, e trouxeram fogo estranho perante a face do Senhor, o que
lhes não ordenara. Então, saiu fogo de diante do Senhor e os consumiu; e
morreram perante o Senhor... Falou também o Senhor a Arão, dizendo: Vinho ou
bebida forte tu e teus filhos não bebereis quando entrardes na tenda da
congregação, para que não morrais; estatuto perpétuo será isso entre as vossas
gerações" (Lv 10.1-2,8-9). O primeiro marido de Abigail era um
terrível déspota e beberrão. Lemos o que aconteceu com ele pouco antes de sua
morte: "Voltou Abigail a
Nabal. Eis que ele fazia em sua casa um banquete, como banquete de rei; o seu
coração estava alegre, e ele, já mui embriagado, pelo que não lhe referiu ela
coisa alguma, nem pouco nem muito, até ao amanhecer" (1 Sm 25.36).
Oséias
7.5 fala da sedução do álcool: "No
dia da festa do nosso rei, os príncipes se tornaram doentes com o excitamento
do vinho, e ele deu a mão aos escarnecedores". Coisa semelhante
deve ter acontecido com o rei Herodes no dia de seu aniversário. Ele deixou-se
seduzir: "Ora, tendo chegado o
dia natalício de Herodes, dançou a filha de Herodias diante de todos e agradou
a Herodes" (Mt 14.6). Isso levou ao assassinato de João Batista
(vv. 7-11).
Oséias
4.11 alerta: "A sensualidade,
o vinho e o mosto tiram o entendimento". A Bíblia também
diz: "Mais alegria me puseste
no coração do que a alegria deles, quando lhes há fartura de cereal e de
vinho" (Sl 4.7). Na Edição Corrigida e Revisada lemos: "Puseste alegria no meu coração, mais
do que no tempo em que se lhes multiplicaram o trigo e o vinho". E
em Lucas 21.34 o Senhor alerta em relação aos tempos do fim: "Acautelai-vos por vós mesmos, para
que nunca vos suceda que o vosso coração fique sobrecarregado com as
conseqüências da orgia, da embriaguez e das preocupações deste mundo, e para
que aquele dia não venha sobre vós repentinamente, como um laço."
Conforme
o especialista Dr. Jörg Splett, o vício é uma característica tipicamente
humana: há um "desejo de desejar" na busca dos prazeres. As pessoas
têm consciência de seus limites, mas não os respeitam. Ao invés disso, vivem
dominadas pelo medo de não aproveitar tudo o que a vida pode oferecer. Splett
vê na fé cristã uma resposta a esse anseio: "Só podemos aceitar nossa
finitude quando estamos certos da existência de um Criador, que planejou a
finitude mas cujo amor é sem limites".
Esse
amor sem limites foi comprovado por Deus ao enviar Seu Filho a este
mundo: "Porque Deus amou ao
mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que
todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (Jo 3.16). Essa
vida dada por Jesus satisfaz plenamente todos os anseios, pois Ele disse: "...eu vim para que tenham vida e a
tenham em abundância" (Jo 10.10). Ele também
promete a libertação de quaisquer jugos: "Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis
livres" (Jo 8.36).
(Norbert Lieth - www.ajesus.com.br)
CONFISSÃO DE UM EX ALCOÓLATRA
Eu bebia para ser
espirituoso, e me tornava um bobalhão.
Bebia para relaxar, mas
minhas mãos tremiam.
Bebia para me sentir bem,
mas sofria com a ressaca.
Eu bebia para me sentir feliz,
e ficava deprimido.
Eu bebia para dançar bem,
e só conseguia cambalear.
Eu bebia para ser um bom
conversador, e mal conseguia falar.
Bebia para ser sociável, e
acabava com raiva e ressentido.
Beba para estimular o
apetite, e acabava desnutrido.
Eu bebia para ser um
grande amante, mas logo não conseguia “funcionar”.
Bebia para mostrar que era
homem, e me convertia em um bebê chorão.
Eu bebia para ser popular,
e perdi todos os meus verdadeiros amigos.
Eu bebia para desfrutar a
vida, mas então pensava em suicídio.
Eu bebia por camaradagem,
mas todos se afastaram de mim.
Bebia para escapar, mas
acabei construindo uma prisão para mim.
Bebia para encontrar a
paz, e encontrei um inferno.
DISCURSO DE UM BÊBADO
Um
vagabundo entrou num bar e pediu uma bebida. No momento em que a estava
tomando, um jovem, dentre os presentes ali, lhe disse:
–
Pare! Faça um discurso. Bebida que não solta a língua do homem é uma bebida
muito fraca.
O
bêbado tomou apressadamente a bebida, e, quando ela "esquentou" o seu
sangue, se dirigiu aos presentes, erguendo-se com uma graça e dignidade que
fizeram um contraste distinto com a sua sujeira e seus farrapos.
–
Cavalheiros, eu lhes digo o seguinte: ao contemplá-los esta noite, parece-me
contemplar os dias de minha juventude. Este rosto enrugado que veem era, numa
época, tão limpo e são como o seu. Este corpo vacilante e tremente, em outro
tempo, foi tão imponente como o seu. Eu tinha também amigos e posição. Tive uma
esposa tão bela como a sonhada por um artista, mas joguei fora a inapreciável
pérola de sua honra e de seu respeito por um copo de vinho e, como Cleópatra,
ao vê-la dissolver-se, a traguei com a transbordante bebida. Tive filhos tão
puros e belos como as flores da primavera; mas os vi murchar e morrer sob a
candente maldição de um pai bêbado. Tive um lugar onde o amor acendia a chama
sobre o altar e oficiava defronte dele, mas eu apaguei esse fogo santo e, em
seu lugar, deixei trevas e desolação. Tive ambições e aspirações que eram tão
altas como a estrela da manhã, mas as afastei, por não me lembrar mais delas.
Hoje, sou um esposo sem esposa, um pai sem filhos, um vagante sem lugar certo,
um homem com todas as suas aspirações e seus impulsos mortos.
Aí,
o vagabundo parou de falar. De suas mãos caiu o copo e, ao bater contra o solo,
quebrou-se em pedaços. Quando o grupo de pessoas levantou os olhos, o vagabundo
havia desaparecido.
(A
Bíblia no Brasil)
10 RAZÕES PORQUE ME EMBRIAGO
Porque
quero destruir a minha saúde;
Porque
quero fazer a minha família sofrer privações;
Porque
quero ser mau exemplo para os filhos e perder o respeito deles;
Porque
quero afastar de mim bons amigos e vizinhos;
Porque
quero ficar inconsistente, revolvendo-me na lama e no meu próprio vômito;
Porque
quero fomentar corrupção na sociedade, pervertendo seus bons costumes;
Porque
quero ajudar a desperdiçar o dinheiro e outros bens que serviriam para o
bem-estar comum;
Porque
quero promover crimes, enchendo as prisões e os hospitais psiquiátricos;
Porque
quero ser culpado de inúmeros desastres de trânsito, de ferimentos, mortes e
incontáveis desgraças;
Porque
quero afogar as melhores oportunidades da vida, deixando passar a felicidade da
vida presente e a salvação eterna.
“Eu,
alcoólatra?” Imediatamente você nega. “Eu, nunca!” Mas mesmo assim acontece que
você, frequentemente bebe mais do que deveria. Muitas vezes sente um forte
desejo para tomar bebidas alcoólicas.
Você
pode até apresentar algumas desculpas: “Eu posso fazer o que eu quero.” “Eu
bebo menos do que os outros.” “Eu sei quando devo parar.” Porém, no seu íntimo,
você sabe que está se expondo ao perigo. Mas, reconhecer isto, de maneira
alguma, pois significaria reconhecer diante de você e dos outros, que é
realmente fraco e escravo do álcool.
Infelizmente,
casos como este, existem em quase todas as camadas sociais. Rejeitados e
condenados são aqueles que não sabem dominar-se. Mas também, quem rejeita
bebida forte é criticado por não ser uma pessoa chique, moderna, independente,
inteligente e descontraída. Justamente, as promessas da bebida alcoólica, são movidas
pelos interesses de impérios por trás dela.
Porém,
na contramão desta proposta o que vemos é um inegável prejuízo: Jovens são
expulsos da escola ou da universidade por causa do excesso de bebidas. Trabalhadores
e profissionais excelentes são demitidos dos seus empregos por beberem demais.
Funcionários públicos são afastados da carreira por terem caído no alcoolismo.
Pais, antes devotos provedores do seu lar, depois de frequentar bebedeiras,
transformaram-se em indivíduos irresponsáveis, temidos e desprezados por suas
próprias famílias. Mães dedicadas ao lar, através do vício do álcool,
transformaram-se em almas viventes, indignas dos seus próprios filhos. Nos
hospitais encontramos pessoas que provavelmente, jamais recuperarão a saúde por
terem ingerido grandes doses de álcool, contraindo a cirrose no fígado. As
prisões estão cheias de homens e mulheres, que ao invés de serem pessoas úteis
na sociedade, estão pagando por crimes cometidos sob a influência da embriaguez,
por exemplo: acidentes de trânsito, assassinatos, violência, tráfico de drogas,
etc.
O
álcool não tem que ser seu destino! Você não pode ignorar os fatos reais. Você
não pode resolver o problema do alcoolismo sozinho. Mas por outro lado, a má companhia
é uma escolha ainda pior. Aproxime-se de ambientes saudáveis e de cristãos
verdadeiros, peça-lhes que o ajudem em oração para você se libertar deste vício
escravizador e degradante.
Seja
forte, corajoso e deixe de entristecer sua família e a todos que lhe amam. Não
jogue fora a sua felicidade! Juntamente com pessoas leais você poderá desfrutar
da amizade com Jesus Cristo. Confesse a Ele sua fraqueza, invoque o Seu nome
com fé e confie n’Ele. Assim, você
será
salvo e liberto, pois Ele mesmo prometeu:
“Pois
os bêbados?... se empobrecerão.” (Bíblia, Provérbios, cap. 23, vers. 21)
“Ai
dos que se levantam cedo para embebedar-se e para se esquentarem com o vinho
até a noite.” (Bíblia, Isaías, cap. 5. vers. 11).
“Portanto,
se o Filho (Jesus) os libertar, vocês de fato serão livres.” (Bíblia, Evangelho
de João, cap. 8, versículo 36)
“...nem
alcoólatras... herdarão o Reino de Deus.” (Bíblia, 1 Coríntios, cap. 6, vers.
10).
A
Bíblia, a Palavra de Deus adverte:
“Não
erreis, Deus não se deixa escarnecer, porque tudo o que o homem semear, isso
também ceifará.” (Bíblia, Gálatas, cap. 6, vers. 79).
Difusão de Tratados Cristãos
COMO LIBERTAR-SE DOS VÍCIOS
O
vício age como um parasita na vida de uma pessoa. Depois de subjugar sua
vontade, a obriga a construir com as próprias mãos o cárcere onde ela mesma se
prenderá. Suga-lhe a vida aos poucos, tirando-lhe lentamente as forças. Rouba o
bem precioso da saúde! O vício é um inimigo mortal. Ele mata. Não é assim que
acontece? As drogas matam. A bebida, mata. O cigarro, mata.
Você
não foi criado para viver assim. Deus o criou para ser livre. Por isso, Ele
enviou Jesus para salvá-lo e dar-lhe uma vida plena, livre dos vícios e com
propósito.
Em
João 8.34 e 36, Jesus disse: "Todo aquele que vive pecando é escravo do
pecado. Se o Filho os libertar, vocês de fato serão livres."
Você
deseja ser liberto, deseja dar início a uma nova vida agora mesmo? Se deseja,
ore assim: "Jesus, torne-se o meu Senhor. Liberta-me. Salve-me. Muda-me.
Amém!"
A
Bíblia diz em 1João 3.8: "Para isto o Filho de Deus se manifestou: para
desfazer as obras do diabo."
Siga
a Jesus e você será salvo. Leia a Bíblia e vá a uma igreja evangélica.
Edino Melo
BEBER ÁLCOOL OU BEBER SPRITE
Mãe! Fui a uma festa, e me lembrei do que você me disse.
Você me pediu que eu não tomasse álcool, mãe… Então, ao invés disso, tomei uma
‘Sprite’. Senti orgulho de mim mesma, e do modo como você disse que eu me
sentiria e que não deveria beber e dirigir. Ao contrário do que alguns amigos
me disseram, fiz uma escolha saudável, e teu conselho foi correto. E quando a
festa finalmente acabou, e o pessoal começou a dirigir sem condições… Fui para
o meu carro, na certeza de que iria para casa em paz. Eu nunca poderia imaginar
o que estava me aguardando, mãe… Algo que eu não poderia esperar…
Agora
estou jogada na rua, e ouvi o policial dizer: “O rapaz que causou este acidente
estava bêbado”… Mãe; sua voz parecia tão distante… Meu sangue está escorrido
por todos os lados e eu estou tentando com todas as minhas forças, não chorar…
Posso ouvir os paramédicos dizerem: “A garota vai morrer”. Tenho certeza de que
o garoto não tinha a menor ideia, enquanto ele estava a toda velocidade,
afinal, ele decidiu beber e dirigir, e agora tenho que morrer… Então, por que
as pessoas fazem isso, mãe? Sabendo que isto vai arruinar vidas? E agora a dor
está me cortando como uma centena de facas afiadas… Diga a minha irmã para não
ficar assustada, mãe! Diga ao papai que ele seja forte. E quando eu for para o
céu, escreva ‘Garotinha do Papai’ na minha sepultura.
Alguém
deveria ter dito àquele garoto que é errado beber e dirigir. Talvez, se seus
pais tivessem dito, eu ainda estaria com possibilidades de continuar viva.
Minha respiração está ficando mais fraca, mãe, e estou realmente ficando com
medo… Estes são meus momentos finais e me sinto tão despreparada! … Eu gostaria
que você pudesse me abraçar, mãe… Enquanto estou estirada aqui, morrendo, eu
gostaria de poder dizer que te amo, mãe…! Então…. Te amo e adeus…!
Essas palavras foram escritas por um repórter que presenciou o
acidente. A jovem, enquanto agonizava, ia dizendo as palavras e o repórter, em
meio a todas aquelas vítimas espalhadas pelo chão, aguardando a chegada de mais
ambulâncias, pôs-se a anotar.
Anônimo
O VINHO ENVENENADO
O
historiador grego, Heródoto, diz que Ciro, rei da Pérsia, atacou e conquistou a
cidade de Babilônia à noite quando o rei Belsazar e seus nobres estavam
embriagados. Não foi o primeiro nem o último rei conquistado quando os seus
súditos estavam sob a influência de bebidas alcoólicas.
A
vida do rei de Babilônia contrasta com a história de Ciro. Desde
criança
Ciro foi ensinado a não beber. Certa ocasião, quando estava visitando o seu
avô, rei da Média, pediu licença para servir como copeiro. Fez o serviço tão
bem que os nobres presentes o aplaudiram.
Ficaram
encantados com a imitação que o menino fez do copeiro, andando para cá e para
lá, muito compenetrado da sua missão.
O
rei, seu avô, também louvou-o, mas chamou-lhe a atenção para uma negligência –
não havia provado o vinho antes de entregá-lo, como o copeiro costumava fazer;
a isto Ciro diz que não havia provado o vinho parque pensava que estivesse
envenenado. "Mas, por que você imaginou tal coisa?" perguntou-lhe o
avô. "Foi envenenado no outro dia quando o senhor fez festa com os amigos
no seu aniversário natalício. Sei que estava, porque o senhor mesmo fez certas
coisas que não permite que nós meninos façamos: fez barulho e usou linguagem
rude e feia. Não podia nem ficar em pé direito e com firmeza. Por isso julguei
que o vinho estivesse envenenado, pois produziu tal efeito".
Estas
palavras foram um ótimo sermão contra a bebedice.
O FUNDO DO POÇO
Bill era
tenente-adjunto do Exército dos Estados Unidos quando bebeu o seu primeiro copo
de uma bebida alcoólica. Com vinte e dois anos, ele tinha uma boa carreira à
sua frente e uma namorada afetuosa. Estava bem encaminhado para transformar num
sucesso uma vida que tinha partido de um começo duro. O alcoolismo do seu pai
tinha destruído o casamento dos seus pais quando ele era apenas um menino, pelo
que ele tinha sido criado pelos seus avós. Mas tudo parecia indicar que Bill
iria ultrapassar esse começo duro, até que ele descobriu que, tal como o seu
pai, gostava de beber.
À data em
que tinha atingido os trinta anos, Bill era uma pessoa arruinada. Enquanto
antes ele costumava beber para celebrar um negócio bem-sucedido, agora ele não
conseguia manter um emprego. Ele e a sua esposa estavam vivendo na casa dos
pais dela, porque eles não tinham dinheiro para habitarem numa casa sua. Bill
estava de tal modo por baixo que, por vezes, ele mendigava dinheiro na rua. Ele
foi hospitalizado quatro vezes, para tentar deixar de beber.
Um dia,
em 1934, Bill desistiu. Ele admitiu que não podia fazer nada para quebrar o
poder do alcoolismo na sua vida. Cabia a Deus ajudá-lo.
Oitenta
anos mais tarde, a organização que Bill Wilson fundou - os Alcoólicos Anónimos
- tem mais de dois milhões de membros em 150 países. Os dois primeiros passos
que um alcoólico tem de dar no programa são:
1- Admitir que é impotente para resolver o seu problema;
2- Pedir ajuda a um poder superior.
Ora, sabemos que Deus é o nosso poder superior. Suas mãos estão
estendidas, prontas para amparar aquele que o busque. A cura para o alcoolismo, em
qualquer grau, passa primeiro por admitir que precisamos de Deus.
O AMARGO FIM DO PECADO
Mel Trotter, o
famoso trabalhador da Missão de Resgate, era filho de um barman que "bebia
tanto quanto servia". Trotter seguiu os passos de seu pai, perdendo
emprego após emprego por causa de seu vício em beber e jogar. Cada vez que ele
perdia um emprego, ele prometia reformar-se e começar a melhorar, mas a cada
vez falhava. Após a morte de seu filho ainda bebê, Trotter foi para Chicago,
onde pretendia se afogar no lago Michigan. Ele havia vendido os sapatos para
conseguir dinheiro para outra bebida e estava andando descalço na neve em
direção à morte quando entrou na Missão do Jardim do Pacífico, onde era
realizado um culto evangélico, e foi salvo. Pelos quarenta anos seguintes,
Trotter fez tudo o que pôde para ajudar aqueles como ele, que haviam sido
vítimas das tentações enganosamente sedutoras do pecado.
A propaganda
de Satanás nunca é realista. Ele pinta belas imagens de prazer imediato, encobrindo
as reais consequências que seus participantes devem suportar. Se as empresas de
cerveja publicassem anúncios cheios de carros batidos, bebedores paralisados e
os pequenos caixões de bebês mortos por motoristas bêbados, isso não os
ajudaria a vender seus produtos. Então, eles se concentram no começo e não no
final. Mas, por mais bela que pareça a tentação, é apenas uma capa para a
realidade de que o pecado sempre termina em dor, desgosto e julgamento. Como
Tiago disse: "... o pecado, quando termina, produz a morte" (Tiago
1:15).
Fonte: Homem
com uma missão: Mel Trotter e seu legado para o movimento da missão de resgate,
Leona Hertel
PROMESSA DO PRESIDENTE LINCOLN
Abraham
Lincoln era conhecido por sua abstinência total de álcool. De acordo com uma
história bem conhecida, uma vez um coronel do exército ofereceu-lhe uma bebida.
Lincoln respondeu dizendo ao homem que quando sua mãe estava em seu leito de
morte, ela o convocou – ele era um menino de apenas nove anos – e pediu que ele
prometesse que nunca beberia. Ele então disse: “Eu prometi a minha mãe que
nunca o faria e, até agora, tenho cumprido essa promessa! Você me aconselharia
a quebrar essa promessa? "
O
coronel respondeu: “Não, Sr. Lincoln, não quero que faça isso por nada deste
mundo. Foi uma das melhores promessas que você já fez. Eu daria mil dólares
hoje se tivesse feito uma promessa como essa à minha mãe e a tivesse cumprido,
como você fez.
Fonte: Abraham Lincoln: The Man and His Faith, George Owen
A CONTRADIÇÃO
DAS BEBIDAS ALCOÓLICAS
Alguém
certa vez enviou as seguintes palavras sobre sua experiência com o álcool para
um colunista de jornal:
Bebemos de felicidade e
ficamos infelizes.
Bebemos de alegria e
ficamos tristes e confusos.
Bebemos por sociabilidade
e nos tornamos irritadiços.
Bebemos por sofisticação e
nos tornamos desagradáveis.
Bebemos por amizade e
fizemos inimigos.
Bebemos para dormir e
acordamos sem descanso.
Bebemos para ter força e
nos sentimos fracos.
Bebemos “medicinalmente” e
adquirimos problemas de saúde.
Bebemos para relaxar e
amarguramos a ressaca.
Bebemos por bravura e
ficamos com medo.
Bebemos para ter confiança
e ficamos em dúvida.
Bebemos para tornar a
conversa mais fácil e arrastamos nossa fala.
Bebemos para esquecer e
éramos sempre assombrados.
Bebemos pela liberdade e
nos tornamos escravos.
Bebemos para apagar
problemas e vimos eles se multiplicarem.
Bebemos para enfrentar a
vida e convidamos a morte.
Fonte: Bits and Pieces,
maio de 1990
ACIDENTE ALCOÓLICO?
Silas
Caldwell acidentalmente matou seu melhor amigo, Larry Slusher, em 21 de junho
de 1998. Os dois homens estavam bebendo quando Larry colocou uma lata de
cerveja em cima de sua cabeça e disse a Silas para atirar na lata. Silas perdeu
a lata e acertou o amigo.
Fonte: Houston
Chronicle, 24 de junho de 1998
MENORES DE IDADE E BEBIDAS
Quando
os jovens chegam ao Ensino Médio, apenas três em cada dez não bebem. Os
resultados de um estudo indicam que cerca de um terço dos alunos do Ensino Médio
são bebedores moderados a pesados na classificação dos cientistas, que
organizaram os alunos em seis categorias: abstêmios, pouco frequentes,
bebedores leves, moderados, moderados a pesados e bebedores
pesados. A facilidade de disponibilidade está relacionada ao consumo
excessivo de álcool. É nos estados que permitem que jovens de 18 anos comprem
bebidas alcoólicas que eles bebem mais.
Fonte: Instituto Nacional de Abuso de Álcool, em Caseiro, agosto de
1985.
A ESCRAVIDÃO DO ÁLCOOL
Você
já ouviu a história de Waylon Prendergast? O homem de Tampa, Flórida, estava
bebendo quando decidiu roubar uma casa aleatoriamente, enquanto estava a
caminho de sua própria casa. O homem bêbado entrou na residência, encheu uma
mala que encontrou lá com os objetos de valor que descobriu e foi para a sala
de estar. Em seu estupor, ele decidiu que seria uma boa ideia acender uma
fogueira para encobrir seus rastros, então ele iniciou um incêndio antes de
sair pela porta dos fundos.
Já
nas ruas, e pensando que estava livre, ele continuou circulando e procurando
por sua casa – apenas para encontrar três caminhões de bombeiros estacionados
do lado de fora, combatendo as chamas que ele havia posto para cobrir seu roubo
– pois ele roubara e incendiara sua própria casa.
De
acordo com um estudo publicado no The Washington Post, há alguns anos, quase um
terço dos adultos nos Estados Unidos admitem que têm agora ou tiveram no
passado um problema com a bebida.
A
Bíblia descreve bebidas alcoólicas como enganosas por um motivo. Nenhuma dessas
pessoas que agora percebem que têm um problema com isso pretendia se tornar
alcoólatra ou dependente. Era só uma distração, um passatempo. Uma forma de
relaxar; depois, uma forma de suportar. Mas é até as garras do vício que leva o
caminho uma vez traçado lá no primeiro e divertido gole.
O ÁLCOOL É UM SOLVENTE ESPETACULAR
Álcool
é um solvente espetacular. ele dissolve:
Famílias,
Casamentos,
Amizades,
Empregos,
Contas
bancárias,
Neurônios…
Ele
só não dissolve os PROBLEMAS.
A GARRAFA QUE TUDO CONSOME
Certo
dia, um menino de poucos anos achava-se diante de uma moradia humilde,
contemplando uma garrafa que tinha entre as mãos e murmurando: "Estarão
dentro desta garrafa os sapatos, como disse mamãe?" Por fim, depois de dar
muitas voltas, tomou uma pedra e quebrou-a. Ao ver que não tinha nada dentro da
garrafa, espantado do que acabava de fazer, atirou-se ao solo e começou a
chorar de tal maneira, que não ouviu os passos de alguém que se aproximava.
Então ouviu uma voz que lhe perguntou com acento severo:
–
Que aconteceu?
Ao
ouvi-la, o pequeno levantou o rosto assustado. Era seu pai.
–
Quem quebrou a garrafa? – perguntou o homem de mau humor.
–
Fui eu! – exclamou o menino quase afogado pelas lágrimas.
–
E por que você a quebrou?
O
menino fitou com surpresa seu pai. É que na voz do menino havia algo a que o
pai não estava acostumado; algo de compaixão que havia sentido, quiçá pela
primeira vez, ao ver aquele pobre ser inocente e débil, dobrado quase pela
desolação sobre os restos da garrafa.
–
Eu queria – murmurou o menino – ver se havia dentro um par de sapatos novos...
porque os meus estão velhos e mamãe não pode comprar...
–
Quem disse a você que havia sapatos nessa garrafa?
–
A mamãe!... Sempre que lhe peço que me compre sapatos, ela diz que meus
sapatos, minha roupa, e muitas outras coisas estão no fundo de uma garrafa... E
eu queria ver se era certo... Mas não farei mais.
–
Está bem, filhinho – disse o pai, pondo a mão sobre os cabelos encaracolados do
menino.
Alguns
dias mais tarde, o pai entregou ao menino um pacotinho dizendo-lhe que o
abrisse. Ao abri-lo o menino lançou um grito de alegria.
–
Sapatos novos! – exclamou: – Estavam dentro da garrafa?
–
Não, meu filho – respondeu o pai com doçura. Antes, todas as coisas iam
perder-se no fundo da garrafa. As que deixei nela será difícil tirá-las, porém,
com a ajuda de Deus, não voltarei a deixar nada futuramente.
O ANIMADOR DAS FESTAS
Agora
é abstêmio, porém há algum tempo não o era. Certo dia, saiu a dar uma volta em
seu carro. Tinha bebido uns tragos. Não estava embriagado, porém havia tomado o
suficiente para sentir-se alegre, feliz e temerário. Na estrada, propôs-se a
assustar seus companheiros, passando o mais perto que podia dos carros que
vinham em sentido contrário. Sem dúvida, uma de suas aventuras não saiu tão bem
como as demais. Eis o que ele mesmo conta:
"Com
dois copos de cerveja transformava-me em animador de festas. Na manhã do
piquenique não bebi mais do que dois copos, o suficiente para fazer parecer-me
divertido, passar de raspão nos carros que vinham em direção contrária, e
fazê-los sair do caminho! É tão interessante divertir-se um pouco enquanto se
vai pela estrada!
"Por
fim, nos aproximamos de um caminhão grande, porém seu motorista não o afastou
do caminhão. Os diários não necessitaram mais que cinco linhas para referir o
acidente, pois não houve mortos. Porém todos recebemos uma boa sacudidela e meu
filho ficou bastante ferido.
"Agora
sou sempre sóbrio. Continuo sendo o animador das festas, porém tão-somente num
lugar: ao redor da cadeira de inválido de meu filho, que não deve ver senão
rostos alegres. Como resultado daquele acidente, meu filho jamais voltará a
andar."
– Adaptado.
POR QUE ELE NÃO SABIA BEBER
Num
banquete realizado em Nova York durante a visita do grande cirurgião Lorenz,
vários jornais fizeram-se representar pelos seus repórteres, que registraram as
seguintes palavras do estimado visitante: "Não posso dizer que seja
propagandista da temperança; no entanto, sou um cirurgião. Meu sucesso depende
da clareza de minha mente, da firmeza de meus músculos e da estabilidade de
meus nervos. Ninguém pode tomar bebidas alcoólicas sem turbar esses poderes
físicos. Como um cirurgião, não posso beber."
REMANDO EM VÃO
Conta-se
a história de que viviam, numa cidade, dois amigos que se entregavam
constantemente à embriaguez.
Certo
dia, ao cair da tarde, atravessaram um enorme rio que havia naquelas cercanias,
a fim de irem a uma taberna que ficava na outra margem, onde permaneceram até
alta noite, quando já surgiam os alvores da manhã.
Era
ainda escuro. Cambaleantes, tomaram o barco para voltar.
O
efeito alcoólico manifestava-se consideravelmente em cada um, enquanto,
incansáveis, remavam hora após hora.
Não
conseguiam atingir a outra margem. Estavam gastando o dobro do tempo do que
quando foram.
Em
dado momento, diz um ao companheiro:
–
Escute, você desamarrou o barco?
–
Não, responde ele.
–
Nem eu, diz o outro.
Compreenderam,
então, que nem um nem outro tinha se lembrado de desamarrar o barco. Eles se
achavam tão desorientados que remavam, remavam em vão, sob o domínio do álcool,
sem avançarem um metro do lugar em que estavam.
– B. Morais.
O QUE A AJUDA PRÓPRIA E A FRUGALIDADE
PODEM FAZER
Um
colega de escola do milionário Russell Sage veio um dia e lhe disse: "Sr.
Sage, as coisas não me têm saído muito bem, e por amor da antiga amizade peço
que me ajude". Sage respondeu: "Bebe, o senhor?" "Sim, às
vezes", foi a resposta. "Então não beba durante doze meses e depois
volte", disse o milionário.
Durante
doze meses não bebeu e voltou. Sage o olhou com agrado e perguntou: "O
senhor joga?" "Às vezes jogo um pouco, mas não muito."
"Bem", disse Sage, "vá e não jogue durante doze meses e então
volte." Ao cabo de doze meses apareceu e Sage lhe perguntou: "Fuma o
senhor?" "De certo". "Vá e não fume durante doze meses e
torne a voltar", disse o milionário. Mas ele nunca mais voltou.
Um
de seus amigos lhe perguntou: "Não voltou mais para ver o Sr. Sage?"
"Não fui porque não precisava mais ir. Tenho todo o dinheiro de que
necessitava. Depois de deixar de beber, jogar e fumar, foi-me possível fazer os
negócios que queria, sem ajuda."
– Glórias da Cruz
"SUA PLACA ESTÁ CAÍDA, SENHOR"
João
era um menino pequeno, mas sério e pensativo, e tinha uma firmeza de caráter
excepcional para sua idade. Um dia andava pelas ruas da cidade pensando nas
lições da reunião da igreja a que acabara de assistir.
Aproximando-se
do bar que havia na esquina, viu algo repulsivo: um homem embriagado e caído na
porta do botequim. Fitou o homem com pena, e então veio-lhe repentinamente um
impulso. Avançou resolutamente e entrou sem vacilar.
O
assoalho do bar estava coberto de serragem e o ar impregnado de fumaça.
Ouvia-se um murmúrio de vozes misturado com o tilintar dos copos. O pequeno
aproximou-se do balcão, atrás do qual estavam diversos empregados, bateu e um
deles debruçou-se sobre o balcão e perguntou, franzindo a testa: "O que
você quer aqui, menino?" "Sua placa está caída, senhor",
respondeu João ousadamente. O taberneiro ficou surpreendido, e enxugando as mãos
saiu do lugar em que estava e acompanhou o rapaz.
"Venha,
vamos ver", disse.
Quando
chegaram lá fora, lançou um olhar às grandes placas de bronze que estavam em
ambos os lados da porta bem seguras e brilhantes, e então voltando-se para o
menino disse asperamente: "Do que você está falando, menino? as placas
estão aqui!" Ele falou em voz tão alta que várias pessoas que passavam
pararam para escutar, e João disse, mostrando o desgraçado bêbado, por quem o
taberneiro tinha passado:
"Esta
é a sua placa, senhor." E para confusão do taberneiro, um espectador disse
com entusiasmo: "Tem razão. filhinho".
– J. G. Frederick
Um
homem tinha o triste hábito de beber conhaque. Sentia-se cada vez mais escravo
desta bebida. Então pediu a seu médico um remédio que o libertasse.
O
médico trouxe uma grande garrafa.
–
Eis o remédio, disse – porém é veneno violento! Quando esta garrafa estiver
vazia, lhe trarei outra. No primeiro dia ponha uma só gota no seu copo de conhaque;
no segundo dia, duas gotas, e assim por diante. Não tenha receio deste veneno;
o senhor vai se acostumar bem. Logo poderá tomar um copo cheio. E não se
perturbe se o conhaque pouco a pouco mudar de cor e se tornar mais claro; é um
efeito do veneno.
O
tratamento deu resultado maravilhoso: o veneno acabou por ocupar todo o lugar e
o conhaque por perder o lugar. O doente viu que aguentava perfeitamente o
aumento gradual da dose do veneno e estava se sentindo melhor de saúde. Em
pouco tempo ficou curado e a inclinação irresistível para a bebida tinha
desaparecido.
A
esposa toda contente chegou-se ao médico para lhe dar o conhecimento do
resultado magnífico e lhe exprimiu a sua viva gratidão. Estupefata, ouviu dele
que o veneno era água.
Mocidade!
A
taberna é o lugar onde se forjam os projetos que favorecem a corrupção social.
O
assassino vai à taberna e lá prepara seus planos sanguinários.
A
polícia vai à taberna buscar o delinquente.
A
taberna envelhece o trabalhador honrado.
A
alegria e a frescura da juventude, desvanece-as a taberna.
A
taberna causa mais horrores que a própria guerra.
A
taberna é o inimigo maior da felicidade.
A
taberna entorpece o adiantamento moral e material dos indivíduos e dos povos.
Caros
jovens: apartem-se da taberna; não tomem nunca bebidas que contenham álcool, e
vocês se desenvolverão sadios, alegres e fortes de corpo e de espírito,
condições essas necessárias para ajudarem a seus pais e servirem a pátria, que
de vocês tanto espera.
– Hilário Sanz
LIVRADO DOS
HÁBITOS DE INTOXICAÇÃO – Dn 6.22
Pela
sua morte e ressurreição nosso Senhor Jesus Cristo conquistou os inimigos que
impediam nossas vidas de serem cheias do Espírito.
O
Dr. C.B. Schofield teve uma experiência de vitória que é muito interessante.
Ele disse:
"Uma
semana após a minha conversão, faz trinta anos, passei pela vitrine de uma casa
de obras de arte em S. Luiz e vi um grande quadro de Daniel na cova dos leões.
O profeta tinha as suas mãos voltadas para trás, atendendo ao chamado do rei, e
os leões cercavam-no todos com as cabeças erguidas.
"A
única coisa de que eu tinha um temor mortal naqueles dias era voltar aos meus
velhos pecados. Antes de aceitar a Cristo eu era um ébrio, de forma que não
tinha nenhuma força para controlar o desejo de tomar qualquer bebida que me
viesse às mãos. Cheguei a ter medo de um bar ou salão de hotel e assim, quando
notava que estava me aproximando de qualquer clube, fazia uma grande volta.
Achava-me em contínua tormenta de dia e de noite.
"Não
houve quem me dissesse alguma coisa sobre o poder conservador de Jesus Cristo.
No entanto, ao ver aquela gravura uma grande fé e esperança penetraram no meu
coração. Reconheci então que o mesmo Deus de Daniel era capaz de livrar-me de
todos os vícios, por mais arraigados que já estivessem em mim. E, destarte, pude
sentir feliz descanso no Salvador."
– The Sunday School World
Certo
homem, muito conhecido por sua bebedice, foi convidado pelo pastor John Abbot a
assinar o compromisso de abstinência. Prometeu fazê-lo "a seu modo",
e fê-lo nestas palavras: "Comprometo-me a não mais beber bebidas
alcoólicas pelo prazo de um ano."
Perto
do fim desse ano ele foi de novo a uma reunião de temperança, sem que tivesse
uma só vez tomado um gole de bebida.
–
Não vai assinar de novo? – perguntou-lhe o Dr. Abbot.
–
Sim, respondeu o interpelado, se me permite fazê-lo a meu modo.
Assim
dizendo, escreveu: "Assino este compromisso válido para novecentos e
noventa anos; e, se eu viver até lá, eu o farei pelo resto da vida!"
Alguns
dias depois, foi visitar o taberneiro, que lhe deu as boas-vindas ao seu antro.
–
Ah, meu senhor – diz o antigo beberrão, como se sentisse uma dor – tenho um
grande caroço aqui do lado!
–
Isto é porque você deixou de beber, respondeu o taberneiro; você não vai viver
muito tempo, se continuar assim...
–
Será que a bebida me tirará este caroço?
–
Como não? E se você não beber, logo vai ter outro caroço, do outro lado. Vamos
lá, vamos tomar um trago juntos! E dizendo isso, o taberneiro foi enchendo duas
taças de uísque.
–
Acho que não vou beber, disse o antigo bebedor, especialmente se com isso me
vai nascer outro caroço, pois este caroço, afinal de contas, não é tão
incômodo...
Falando
assim, o homem tirou do bolso aquele caroço – uma carteira recheada de cédulas
– e lá se foi porta afora, deixando desenxabido o taberneiro.
– 6.000 Sermon Illustrations
A CADEIRA
ALTA E A CADEIRA ELÉTRICA
Ao
ensinarmos a criança a dar valor à vida e a compreender os efeitos nocivos do
álcool, acharemos que o momento mais propício para começar com tal ensino é
quando ela ainda é sensível e não depois que alguém lhe tiver dado alguma
bebida forte e se lhe der a entender que fez algo próprio de adultos.
Ao
examinarmos detidamente esses problemas sociais, chegaremos a notar que não
seria preciso empregar avultadas somas de dinheiro para trabalhos de correção.
Mas esse dinheiro poderia empregar-se em obras de proteção e educação de
crianças antes que cheguem a compreender a vida. O lugar onde se deve deter o
crime não é na cadeira elétrica, mas na cadeirinha alta do bebê.
– J. Stanley Sheppard
Era
meia-noite quando abandonou a mesa de jogo e tinha perdido toda sua fortuna.
Instintivamente tomou o caminho de casa. A cabeça lhe ardia e um enorme peso
lhe esmagava o cérebro. Pensou em sua família, em sua esposa que naquela hora
da noite deveria esperá-lo, tremendo de frio, aflita, junto ao berço do
filhinho adormecido.
"Que
lhe daria?" pensava ele enquanto percorria o caminho para casa. Ao chegar,
com mão trêmula pôs a chave na fechadura e tremeu ainda ao escutar o ruído da
porta, semelhante a um gemido.
A
voz do remorso se fez ouvir em sua consciência, num grito plangente e sentiu
como se um punhal lhe atravessasse as entranhas.
– Era você?
– perguntou-lhe a esposa e no mesmo instante, reconhecendo-o, ela o abraça e o
beija.
–
Repara! Que coisa horrível! Estive pensando que você tinha perdido tudo e que
já não tínhamos um cantinho onde colocar o berço do nosso filho... Que tolice,
não é verdade?...
E
ela lhe dizia tudo isso com o olhar fixo no seu, estendendo-lhe as mãos, feliz
pela sua presença.
–
E, se fosse verdade? – ele responde em tom frio e seco como o daquele que,
reconhecendo suas faltas, procura fugir ao castigo, fazendo sentir a
superioridade de suas forças materiais.
A
mulher permaneceu com os olhos muito abertos, quase pasmada, porque havia
pressentido que uma desgraça iria alcançá-los. Logo, porém, com uma mão apoiada
no berço do filhinho, disse:
–
Que importa? Uma mulher sempre encontra algo para alimentar seu filho.
Havia
tanta autoridade em sua atitude, tanta resolução em seu semblante, que o
miserável esposo, caindo de joelhos, exclamou, com lágrimas nos olhos:
"Perdoe-me" .
Desde
esse dia Tomas foi o melhor dos esposos e o mais honrado dos homens. Vencido
pela atitude de uma mãe – a mãe de seu filho –, não quis ser menos do que ela.
E, infatigável no trabalho, recuperou a fortuna perdida.
– León Tolstoi
William
Jennings Bryan costumava contar que um conhecido dele residente numa pequena
cidade de Illinois, era vítima do álcool, vivendo frequentemente embriagado.
Mas, um dia reformou-se. Assinou o compromisso de temperança e parecia viver
muito corretamente. Entretanto, continuou a ir à cidade tratar de negócios e
amarrava o cavalo em frente à casa de bebidas, como antigamente. Certo dia, não
pôde resistir mais, entrou na taverna para beber "um gole só".
Embriagou-se e iniciou outra vez a triste vida de antigamente.
O
único meio de evitar o mal é fugir das aparências do mal.
AS CONSEQUÊNCIAS
DA EMBRIAGUEZ
Soubemos
de um bêbado que entrou em certo bar e pedia um copo de cachaça. O dono do
estabelecimento recusou satisfazer seu desejo, pois havia sido intimado a não
vender mais álcool àquele homem. O pobre bêbado ofereceu muito dinheiro,
insistiu bastante, mas o taberneiro permaneceu inflexível, dizendo: "Você
tem estado doente estes últimos tempos, com tremores, etc. Não vou vender-lhe
bebida!"
O
bêbado, então, afastou-se do balcão e ficou observando o vai e vem dos
fregueses. Em dado momento, entraram dois jovens, assentaram-se e pediram
bebidas. Todo solícito, o dono do bar, serviu-os. Vendo isto, o arruinado ébrio
aproximou-se e disse: "Vendendo álcool a mim seria melhor que vender a
estes jovens. Eu já estou estragado, já sou um farrapo humano, um farrapo de
corpo e alma, não há mais esperança de felicidade para mim. Mas estes jovens
estão numa bela idade, e se começam a beber estragarão suas vidas também.
Quando eu era moço, forte como eles, o senhor me vendia toda a sorte de bebidas
que agora me recusa, e continua a destruir a vida jovem de outros!"
Um
bom crente, certa vez, disse também a um dono de botequim que lhe dissera
vender vinho apenas aos bons e respeitosos, dessa forma:
"Se
você quiser vender álcool somente aos bêbados, preguiçosos e desiludidos seria
melhor que tornar os jovens, os sadios, os inocentes e os que não suspeitam a
maldade, em criaturas ébrias e sem caráter. E, quando eles não tenham mais
respeito, percam dinheiro, saúde e tudo o que antes os valorizava, quererá
mandá-los embora para morrer miseravelmente. E continuas a arruinar a vida dos
outros..."
O QUE FAZ A
BEBIDA A UMA PESSOA
Os
efeitos do álcool são prejudiciais! O álcool arrebata. Nunca dá ou acrescenta, tira
a ambição. Causa depressão fisiológica. Leva o homem ao devaneio em
substituição do esforço e adiciona tensão nervosa ao sentimento de fracasso na
vida.
O
álcool esconde a realidade. Muitas pessoas pensam que são muito sabidas e
espirituosas quando debaixo da influência de um pouco de bebida, mas uma pessoa
sóbria que esteja presente no momento dará um relatório bastante diverso.
O PREÇO DO
ALCOOLISMO PARA A INDÚSTRIA
A
indústria norte-americana sempre perde tristemente por causa do alcoolismo,
segundo relatou um professor da Universidade de Yale à Associação Americana de
Físicos e Cirurgiões Industriais.
Dr.
Selden D. Bacon, professor associado de sociologia e presidente da comissão de
estudos sobre alcoolismo no Estado de Connecticut disse que a cada 4.000 almas
da população alcoólatra, aproximadamente 1.300 estão regularmente empregados na
indústria.
"Estes
homens", disse Dr. Bacon, são os trabalhadores mais ineficientes, cometem
mais erros, sofrem mais acidentes, são mais doentes, e vivem sob muito mais
forte tensão psicológica que os demais. Têm sempre muitas razões para faltar ao
trabalho. Por uma só razão – a embriaguez aguda – a indústria perde 30.000.000 de
dias de trabalho no ano.
PORQUE ODEIO
O COMÉRCIO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS
Não
posso concordar com o comércio das bebidas alcoólicas, pois detesto semelhante
comércio. Detesto-o pela sua intolerância, pela sua arrogância, pela sua
hipocrisia, pela sua saliência, astúcia e falsa pretensão. Aborreço-o pelo seu
materialismo, pela sua avidez e avareza, pelo seu amor ao lucro, sejam quais
forem os resultados.
Odeio-o
pelo seu domínio na política; pelo seu desrespeito à lei.
Abomino-o
pela carga que ele coloca sobre as costas dos trabalhadores.
Antipatizo
com ele pelos naufrágios humanos pelos quais é responsável, pelos hospícios que
enche, pelas prisões que faz povoar; pela falta de sanidade que produz, e pelas
incalculáveis sepulturas que abre nos cemitérios de ricos e pobres.
Odeio-o
pela ruína mental que impõe sobre suas vítimas, pela queda espiritual, pela
degradação moral.
Detesto-o
pelos crimes que comete; pelos lares que destrói; pelos corações que traspassa.
Odeio-o
pela maldade que planta no coração do homem; pelo veneno, pelo amargor, pelo
egoísmo; fruto com o qual ele leva à morte suas almas.
Abomino-o
pelo sofrimento que causa às esposas – lágrimas ardentes – pelas esperanças
vãs; pelas aspirações sufocadas; pelo fardo de necessidade e preocupação.
Odeio-o
pela crueldade e endurecimento para com a velhice, os enfermos, os
desamparados; pelas manchas que põe na vida das crianças; pela monstruosa
injustiça para com os pequenos irrepreensíveis.
Odeio-o,
como a virtude odeia o vício, como a verdade odeia o erro, como a retidão odeia
o pecado, como a justiça odeia a injustiça, como a liberdade odeia a tirania e
a opressão.
Odeio-o
como Abraham Lincoln odiou a escravidão, e como ele algumas vezes via em
profética visão o fim da escravidão e a volta do tempo quando o sol brilharia e
a chuva desceria sobre os libertos em todas as repúblicas, assim algumas vezes
tenho visto o fim deste ímpio comércio, e a vinda do tempo quando, se ele não
cessar totalmente, pelo menos não encontrará nenhuma habitação segura.
ALGUMA COISA
ERRADA COM SEU COMÉRCIO
O
grande poder de Charles G. Finney, o notável evangelista e presidente da
Universidade de Oberlin, em tratar com almas despertadas consistia no seguinte:
ele se dirigia a homens em seus próprios pecados e lhes dizia: "Você está
disposto a abandonar isto a fim de obedecer a Cristo?" Depois deste ponto
decisivo vinha a derrota ou a vitória.
Uma
vez ele se ajoelhou ao lado de um interessado e logo que enumerou vários de
seus pecados cometidos o homem prometeu abandoná-los. Finalmente Sr. Finney
disse: "Está pronto a servir a Deus em seu negócio?" O homem
permaneceu silencioso. "Que tem o senhor?" perguntou o Sr. Finney
bondosamente: "Não pode fazer isto?" "Não!", balbuciou o
pobre jovem, "estou negociando com bebidas alcoólicas". E com elas
permaneceu. Levantando-se, voltou para o seu negócio diabólico e agora com mais
responsabilidade ainda pelo seu pecado.
PORQUE A
EMBRIAGUEZ CAUSA ACIDENTES
Todos
nós sabemos que neste século de carros e outras máquinas o uso de bebidas
alcoólicas causa muitos acidentes. Por que? Porque o álcool é uma droga
entorpecente, inimigo do cérebro e da espinha dorsal; ele impede o julgamento
fazendo deste modo com que a pessoa se torne imprudente e não veja os perigos.
Até mesmo em doses pequenas, que se diz não produzirem intoxicação, enfraquece
lentamente os reflexos de que o corpo necessita para operar rapidamente a nossa
proteção na ocasião do perigo.
O
notável médico Dr. Haven Emerson diz: "É incontestavelmente óbvio que não
há forma da atividade humana, tão fartamente provado que não mostre
inferioridade de ação, como consequência da ingestão do álcool."
Em
31 de julho de 1948 foi interrompida a venda de álcool na enorme
"drogaria" frequentemente chamada Webb City, em St. Petersburg,
Flórida. O departamento de bebidas desta casa tinha tido um lucro de 2 milhões
de dólares, equivalentes à venda de bebidas durante o ano. Mas agora este
vantajoso departamento foi fechado. Por quê? O "The South Bend Tribune"
traz a explicação do proprietário, Sr. Webb:
"Comecei
a observar mentalmente aquelas garrafas e a perceber a desgraça que podiam
causar e estavam causando." Então Sr. Webb, para preservar seu próprio
respeito decidiu acabar com o comércio de bebidas. Se outros na indústria de
bebidas semelhantemente usassem um pouquinho da imaginação ou procurassem
investigar um pouquinho a miséria e infortúnio que seguem ao seu comércio,
talvez na melhor das hipóteses, não pudessem passar bem a noite. Um cristão, que
é despertado para viver uma vida de santificação, e ama o próximo como a si
mesmo tem que deixar de contribuir para a degradação de seu próximo, assim como
tem a obrigação de evitar a ruína da própria vida.
Certo
bêbedo teve um sonho. Logo de manhã contou-o à mesa: "Eu via quatro ratos
aproximar-se de mim. O primeiro era grande e gordo. O segundo e terceiro eram
magros, e o quarto cego".
O
homem estava muito inquieto porque era supersticioso e acreditava que sonhar
com ratos era mau presságio. Como procurasse interpretações para o sonho, o
filho lhe disse: "Sabe, papai? Eu tenho a certeza de que o ratão gordo é o
proprietário da taberna a quem o papai dá tanto dinheiro: os dois ratos magros
somos eu e a mamãe, a quem o papai não dá bastante dinheiro para o sustento; e
o rato cego é o papai que não vê as consequências do vício. Cuidado, cuidado
com o ratão!"
Disse
o copo de cerveja à garrafa de aguardente: "Não sou lá grande matemático,
mas sei Somar perturbações nervosas aos males dos homens; Subtrair-lhes
dinheiro da carteira; Multiplicar dores e sofrimentos físicos e morais. Dividir
os bens dos homens com os taberneiros, de modo que só lhes restem frações.
Além
disso, cobro juros de seus trabalhos e lutas pela vida. Desconto suas
oportunidades de êxito, e liquido com a sua existência".
•
Embrutece
•
Faz do Rei um escravo
•
Faz do rico um mendigo
•
Faz do atleta um trêmulo incapacitado
•
Apaga a luz da inteligência
•
Enfraquece a memória
•
Diminui a força de vontade
•
Encurta a existência
•
Envenena as fontes da vida
• Semeia a
desunião na família
•
Converte o lar numa prisão de tortura
•
Rouba o pão aos filhos
•
Extingue a alegria
•
Semeia lágrimas
•
Arruína fortunas
•
Desfaz reputações
•
Põe nas Escolas crianças problemáticas
•
Inunda de doentes os hospitais
•
Atira para a cadeia homens e mulheres
•
Provoca acidentes no trabalho e nas estradas
•
Abre as portas a todos os vícios
•
É inimigo do Homem, da Família e da Sociedade
•
Faz do Homem — Obra-prima da Natureza – uma grotesca criatura
Nas
arquibancadas do estádio do Maracanã existem balcões onde se vende cerveja
durante os jogos de futebol. Reparem como lá ficam pessoas bebendo o tempo
todo, de costas para o campo. Para assistir ao jogo, bastaria virar o corpo –
mas não o fazem. Talvez não gostem de futebol? No entanto, afirmam
categoricamente ser torcedores ardorosos de um dos times e não perderiam uma
partida por nada deste mundo.
Vejamos
outra cena, um dia de verão, na praia: muita gente passa o dia todo bebendo,
debaixo de barracas quentíssimas, sem pegar sol ou cair na água. Apesar disso,
dizem adorar uma praia, a ponto de frequentá-la todo fim de semana.
Estas
situações refletem o mais constante sintoma da doença alcoolismo – a negação –
e podem até ter algo de engraçado, mas constituem verdadeira tragédia para o
alcoólico, que frequentemente morre negando sua enfermidade.
A
experiência mostra só se recuperar aquele que for capaz de ultrapassar esta
formidável barreira, ao conseguir admitir-se impotente frente ao álcool.
Ao
negar sua perda de controle, o alcoólico não é mentiroso, pelo menos
conscientemente, mesmo porque esta perda acontece de forma lenta e progressiva.
No início, ainda há algum controle, com ele bebendo só nos fins de semana ou
após certas horas do dia. Aos poucos, o doente vai, porém, criando um manto de
fantasia, que o faz ser o primeiro a acreditar não ter problemas com álcool.
Trata-se
de um mecanismo psíquico de proteção, para enfrentar a dura realidade de estar
tendo comportamentos irresponsáveis.
Paradoxalmente,
não consegue viver sem a bebida, mesmo reconhecendo ser, em certas ocasiões, o
consumo exagerado. A explicação, para ele, está nos sérios problemas que vem
enfrentando no momento; se os problemas desaparecessem, voltaria a beber
controladamente.
Assim,
enquanto aguarda o milagre, vai bebendo cada vez mais.
Este
mecanismo de negação, que se desenvolve dentro da personalidade do indivíduo,
não se limita apenas à afirmativa, para si e para os outros, de que não é
alcoólico. È necessário também inventar uma série de desculpas, para manter uma
aparente lógica nas coisas que se anda fazendo.
Este
manto de fantasia, fabricado por ele mesmo, fica cada vez mais duro, mais
resistente, até isolar o doente do mundo real, como se fosse uma larva do
bicho-da-seda envolvida no casulo.
É
claro que as coisas continuam existindo como são, o emprego, a família, os
amigos, mas tudo isso torna-se a cada dia menos importante. Os mais íntimos
questionam: “Por que ele faz isso conosco? Será que não gosta mais da gente?”
Ou afirmam: “Se você me amasse, parava de beber!” São questões que incomodam,
despertam sentimentos de remorso, culpa e autopiedade, mas não sabe resolver,
por julgar impossível separar-se do companheiro álcool. Então ele nega os
fatos, inventa justificativas, faz promessas as quais não consegue cumprir,
tudo o que for possível para se fechar cada vez mais dentro de um outro mundo,
só existente no seu delírio – mas que é só seu, seu mundo de negação.
Para
conviver melhor com sua fantasia, o alcoólico passa a só frequentar lugares
onde haja bastante bebida e selecionar amizades entre gente que também bebe. Se
for convidado para um aniversário de criança, sabendo que só vai encontrar bolo
de chocolate e Coca-Cola, recusa, dizendo não ter paciência para aguentar este
tipo de festa. Mas é capaz de pegar 3 ônibus para ir a um churrasco na casa de
um desconhecido. Pensa em álcool todas as horas do dia: quando será que vou
poder tomar a primeira? A que horas o bar do hotel fecha? Não esquecer, os
supermercados fecham aos domingos! Lá no sítio vai ter bebida? É melhor
garantir, levando uma garrafa na mala!
Para
melhor entender o processo, substituamos a palavra “álcool” por “azeitonas”.
Quando será que vou comer a primeira azeitona hoje? Será que lá no sitio há
azeitonas? É melhor garantir: levo umas latas na mala! Fica bastante estranho:
qualquer pessoa que só pensasse em azeitonas seria identificada como portadora
de um problema psíquico. Mas o dependente químico do álcool continua afirmando
ser normal seu comportamento.
Na
tarefa de continuar negando seu alcoolismo, o alcoólico tem também de aprender
a ser esperto, desenvolvendo a habilidade de esconder o quanto anda bebendo.
Muitas vezes pára de beber dentro de casa, mas a toda hora tem de sair para
comprar cigarros. Na rua, frequenta muitos botequins, evitando tomar mais que
duas ou três doses no mesmo lugar, para não ser identificado como beberrão. Às
vezes começa a beber em um bairro, termina em outro. Bebe no bar, antes da
festa, para dar a impressão de estar bebendo pouco. Escolhe vodca, porque ouviu
dizer que não dá cheiro. Anda sempre com balas e pastilhas de hortelã, para
disfarçar o hálito. Enfim, esconder seu alcoolismo dos outros passa a ser
procedimento de rotina, a ocupar boa parte da sua atenção.
Já
para provar a si mesmo não ser alcoólico, os mecanismos de negação são outros:
•
1. Tenta beber menos quantidade, embora com a mesma frequência.
•
2. Tenta beber com menos frequência, embora a mesma quantidade.
•
3. Tenta não beber durante a semana de trabalho, mas fica contando os dias e
horas que faltam para a sexta-feira chegar.
•
4. Tenta usar outras drogas para diminuir a quantidade de bebida, tomando
tranquilizantes de manhã, para parar de tremer, ou anfetaminas de noite, para
poder dirigir o carro.
•
5. Muda a marca ou tipo de bebida, assumindo que a anterior é que lhe fazia
mal. Ilude-se trocando um litro diário de cachaça, por 5 litros de cerveja,
achando que assim bebe menos álcool. Sendo rico, substitui uísque nacional, por
outro importado.
•
6. Fica temporariamente em abstinência, por exemplo, quando internado, para
desintoxicar, quando obrigado a tomar antibióticos ou apenas “para dar um
tempo”, depois de uma consulta médica preocupante. Estes períodos de
abstinência têm data marcada para acabar e seu fim é ansiosamente esperado.
Quando terminam, o alcoólico acha que depois de tanto sacrifício agora ele
merece tomar “uma só” e tudo começa de novo, detonado pelas poderosas forças da
dependência química.
Os
períodos de abstinência servem para afirmar e reforça cada vez mais a negação,
embora só sejam conseguidos à custa de intenso sofrimento emocional. O objetivo
é provar a si mesmo e aos outros não ser alcoólico, que domina perfeitamente a
situação e para de beber quando quer. As frases clássicas são: “Na verdade, eu
não preciso beber, acontece que eu realmente gosto de álcool”. Ou então: “Se
você tivesse em sua vida os problemas que tenho, iria beber ainda mais do que
eu”.
À
medida que a doença progride, mais este manto de fantasia impede o doente de
ver sua realidade. Ele muda de comportamento e atitudes, perde seus valores,
cada vez mais enredado na teia da dependência. Basta ler o Livro Azul de
Alcoólicos Anônimos, para ver como duas emoções básicas, orgulho e medo, tão
saudáveis quando baseadas em fatos reais, podem tornar-se exasperadas e
delirantes, originando as mais variadas turbulências de raiva, inveja, ciúme e
ódio.
O
alcoólico age ao sabor da primeira emoção descontrolada que lhe vem a cabeça e,
quando as coisas não dão certo, bota a culpa nos outros ou nas situações de
vida. Expectativas fantasiosas tornam-se regra e, como não se realizam, trazem
frustrações, autopiedade e necessidade ainda maior de bebida.
Neste
ponto, o manto da fantasia confunde-se com a carapuça da negação, dura,
resistente, impenetrável pelo lado de fora, como o casulo. Porém, lá dentro, o
bicho-da-seda pode encontrar forças para rompê-lo e, ao livrar-se, sair da
escuridão para a luz.
Como
o alcoólatra, que, vencendo a negação ao reconhecer sua impotência frente ao
álcool, encontra o caminho da recuperação e da vida.
E
de repente descobre que não gosta tanto assim de praia, nem de frequentar o
estádio do Maracanã…
Dr. Alberto Duringer - Médico no Rio de Janeiro, Conselheiro no
Conselho Estadual de Entorpecentes.
UMA MORATÓRIA
CONTRA O USO DO ÁLCOOL
Há
um tema em que precisamos radicalizar.
Precisamos
ser radicais na recusa ao uso do álcool. Nossa sociedade tolera o consumo do
álcool, do mais leve ao mais forte. Os anúncios, sobretudo os de cerveja,
glamurizam os usuários regulares de bebidas alcoólicas.
Chegou
o momento do sacrifício para rompermos a espiral da morte.
Precisamos
sacrificar a liberdade de expressão nesta área e acabar com todo o estímulo
(pela propaganda) ao consumo de álcool.
Precisamos
sacrificar o prazer individual de beber social e responsavelmente, para não
ficar qualquer estímulo às novas gerações.
Precisamos
sacrificar as expectativas em torno do álcool servido em nossas festas para
brindar casamentos, aniversários e vitórias.
Enquanto
não radicalizarmos, não teremos o direito de ficar indignados com o bêbado
(anônimo ou famoso) que se recusa a fazer o teste do bafômetro, não teremos
autoridade moral para criticar aquele que jaz na sarjeta na esquina de nossa
rua e não teremos o direito de protestar contra o ébrio que avança o sinal de
trânsito e projeta para a morte um desconhecido.
Não
podemos assistir, passivamente, como se não fosse conosco, à dizimação dos
brasileiros por causa o álcool.
Não
é possível que precisemos beber álcool para viver.
Israel Belo de Azevedo
EU QUERIA
QUE VOCÊ FOSSE O MEU PAI
Em
Chicago, um menino foi enviado por um pai bêbado para comprar algo em uma loja.
De alguma forma, o rapaz perdeu o dinheiro e não se atreveu a voltar para casa,
pois, quando bêbado, seu pai ficava terrivelmente zangado com a menor coisa. Um
homem que viu o menino tremendo em uma porta soube de seu problema e deu-lhe o
dólar que havia perdido. Agradecendo ao gentil estranho, o menino foi para a
loja mas, de repente, ele se virou e, olhando melancolicamente para o homem,
disse: "Eu queria que você fosse meu pai!"
Ele
acabara de ter um vislumbre da diferença que faria ter um bom pai em vez de um
bêbado.
Sermon Central
A FÉ CONTRA O VÍCIO
Pesquisa revela a importância da espiritualidade na recuperação de
dependentes de álcool e drogas.
Uma
pesquisa realizada há poucos anos no Brasil confirmou aquilo que qualquer
crente já sabe há muito tempo: a espiritualidade é fundamental no processo de
libertação de vícios como drogas e álcool. O estudo, realizado na Faculdade de
Enfermagem da Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto, no interior
paulista, revelou que a religião, ao lado de grupos de acolhimento social –
como casas de recuperação ou a própria igreja – agem como fatores protetores em
relação à dependência. “Constatamos que quando uma pessoa quer mudar um
comportamento, só dá certo quando faz alguma coisa para que isso aconteça. No
momento de decisão, a espiritualidade interfere bastante”, explica a mestranda
em enfermagem psiquiátrica Angélica Martins Gonçalves, que conduziu os
trabalhos. Na pesquisa, Angélica mediu estatisticamente a importância da
espiritualidade como fator de recuperação, entrevistando 138 dependentes de
álcool e drogas de quatro cidades do Estado de São Paulo. Parte deles são da
Comunidade Evangélica de Bauru e outros participam de um grupo católico em
Montes Altos.
A
dependência de bebida alcoólica e de substâncias entorpecentes em geral e o
peso da religião e espiritualidade nos processos de recuperação sempre
preocuparam Angélica Martins, que cresceu numa família presbiteriana. O fato de
ter conhecido vários casos de pessoas com esses problemas aumentou ainda mais
seu interesse, durante a graduação, pelas técnicas de controle e recuperação da
dependência de álcool e drogas, que já é considerada um problema de saúde
pública. Dados nacionais apontam que em torno de 12,3% da população brasileira
entre 12 a 65 anos de idade – ou cerca de 6 milhões de pessoas – podem ser
enquadradas como dependentes do álcool no país. Já quanto ao uso de drogas, a
estatística é ainda mais alarmante: nada menos que 22,8% da população disseram
já ter feito uso alguma vez na vida.
A
pesquisa constatou uma incidência estatística alta na escala da espiritualidade
para as pessoas em tratamento para dependência de álcool, maconha, cocaína e
crack ou em poliusuários dessas drogas. “Verificamos que as pessoas vinculadas
às comunidades terapêuticas pontuam muito alto nesta escala. No contexto em que
estão vivendo, tem sempre reuniões voltadas para esse aspecto”, continua a
pesquisadora, que acha a espiritualidade decisiva no processo de recuperação.
Segundo ela, o Brasil tem poucos trabalhos nessa área de espiritualidade. “Já
na literatura norte-americana, existem mais de mil artigos que falam sobre
isso”, lembra a especialista, que adaptou uma escala norte-americana para poder
pesquisar sua tese de mestrado. Embora no Brasil, dentro do meio acadêmico,
esse tipo de estudo seja considerado muito “subjetivo”, a adaptação da escala
aos padrões brasileiros, segundo ela, permitiu um resultado seguro.
Revista Cristianismo Hoje, Com reportagem de EPTV
OS CUSTOS DO ÁLCOOL PARA O BRASIL
A
dimensão dos custos do alcoolismo, medidos por meio do impacto nas diversas
áreas, ultrapassa, no Brasil, a cifra de 150 bilhões de reais, ou seja, o
equivalente a 7% do PIB nacional. Os gastos com o alcoolismo no Brasil são
relativamente mais elevados, se comparados com os da França (1,5% do PIB) ou
dos Estados Unidos (3% do PIB).
Portanto,
a situação entre nós, brasileiros, é particularmente mais preocupante, urna vez
que o Brasil sendo um dos maiores produtores de bebidas alcoólicas, é também,
por conseguinte, um dos maiores consumidores de bebidas do mundo. Deve-se ainda
levar em conta alguns aspectos agravantes no caso do Brasil, visto que, por
exemplo, o consumo de cerveja dobrou nos últimos cinco anos (2008), cabendo aos
jovens e às mulheres a maior participação neste aumento. Só a produção de
cerveja passa hoje dos 10 bilhões de litros/ano. Para garantir o consumo dessa
produção, uma forte e competente publicidade funciona por meio da mídia,
sobretudo dirigindo-se ao público jovem.
José Mauro Braz de Lima, no livro Alcoologia: O Alcoolismo na
Perspectiva da Saúde Pública
FRAGILIDADES E FORTALEZAS FAMILIARES NA
QUESTÃO DO ÁLCOOL
Hoje
já sabemos verificar as vulnerabilidades das famílias e, como mostram os
esquemas a seguir, na própria família podem estar contidos fatores de risco e
de proteção.
Fatores de risco familiares:
·
Pais que fazem
uso abusivo de drogas.
·
Pais que sofrem de
doenças mentais.
·
Pais
excessivamente autoritários ou exigentes.
·
Pais
superprotetores ou sem limites.
·
Famílias que
mantêm uma "cultura aditiva".
Fatores de proteção familiares:
·
Pais que
acompanham as atividades dos filhos.
·
Estabelecimento
de regras de conduta claras.
·
Envolvimento
afetivo com a vida dos filhos.
·
Respeito aos
ritos familiares.
·
Estabelecimento
claro da hierarquia familiar.
Maria Zemel e Luciana Saddi, no livro O Que Fazer? Alcoolismo.
DERROTADO PELO ÁLCOOL
Alexandre,
o Grande — rei da Macedônia e o maior conquistador de todos os tempos — após
conduzir seus exércitos vitoriosos da Grécia às fronteiras da China, morreu por
causa do excesso de bebida. A respeito dele, escreveu Sêneca: “Aqui está este
herói, invencível nas lutas e nas marchas prodigiosas, nos perigosos cercos e
combates, agora vencido pelo cálice fatal do álcool”.
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